Sonho
Grande, recheado, de padaria;
creme de confeiteiro e açúcar.
Vã refeição; quem discordaria?
Sonho pode a manhã santificar.
Há um outro, do sono, o noturno;
costuma ser intenso, de revolver.
Ele afrouxava devagar o coturno;
veio só para a polução devolver.
Era melhor sorvê-lo só em sonho.
Pela vida árdua, seria um estorvo;
mas oculto na noite, vinha risonho.
Vinha com precioso creme de leite,
besuntado por fios longos de azeite
para ser o mais requisitado deleite.
René Henrique Götz Licht
Enviado por René Henrique Götz Licht em 30/10/2024
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