Jacta-se o tolo de ser imparcial;
sabe intuir o neutro, por escolha.
Alguém o é? Quem é o racional?
Garrafa sem rolha; galho sem folha.
Toda opinião é subjetiva; é fato!
Se objetiva, é fato por dedução.
Ter-se por imparcial é insensato;
os neutros receiam perseguição.
Há alguém desprovido de preferência?
Ao menos, deve saber o que detesta;
não se entende tanta malemolência.
Por acaso traz escrito asno na testa?
Decida-se! Mostre a sua indecência!
Deixe o imparcial borrar-se na festa.