Foi gerada no sujo ventre da rejeição.
Cresceu muda; fez-se então presente.
Inicia o combate; tem o inimigo à mão,
entregue, indefeso: o eu inconsciente.
Corrói tecidos psíquicos tal qual traça;
reduz o ego a pó, como faz o cupim.
Serve a sabotagem no cristal da taça;
perco-me, distancio-me; estou sem mim.
Um imóvel gasto com boa psicanálise
permite descobri-la no oculto agindo,
debilitando uma vida afetiva à diálise.
Precisa ser surpreendida ao estar rindo
da devastação conquistada nesta crise:
a culpa, seus males continuará parindo.