Sentávamo-nos na varanda, ao pôr do sol,
depois de ouvir Chopin, sonata em si bemol.
Como contraste entre o soturno e o diáfano;
as águas esverdeadas, à sombra do plátano.
Desejava acariciar sua mão; é inoportuno;
falar de meus sentimentos; seria devasso;
acariciar-lhe as partes qual ágil gatuno;
sinto-me derrotado pela dor do fracasso.
Olhar para você já não mais me é suficiente.
Voluntario-me a você sobre grande bandeja,
mas nada de você deseja parecer indecente.
Eis o que o tempo oportuno para nós enseja;
peça-me tudo agora, exceto o ser coerente,
pois outra vez, estarei só com minha cerveja.