Menino bom, coração singelo
Atrapalhado e belo
Riso aberto do peito
Coragem não lhe falta
Onírico peralta
Atrevido, transtornado
Navegante que se corrói
Tolerado, não amado
Ontem, ainda dói
Na busca constante
Independente, surge ofegante
Onde não é visto, cortante
Primeiro foi e sempre será
Imensa espera, angustiante
Não uma segunda vez haverá
Homem veio, inebriante
Enrustir-se pelas sombras
Ir-se caminhando, pelas quebradas
Rolar-se nas tantas cãibras
Onde comer pelas beiradas
Deixou, moleque, saudade benfazeja
Antes mesmo da boa cerveja
Suave olhar, tão assustado
Idílico, poético, passional
Lutador da causa social
Velejador ainda que desgostado
Enfrenta a vida com brandura
Imita a arte como artesão
Roído pela queimadura
Atraído pela perigosa paixão.
Marco Antonio Pinheiro da Silveira
Menino bom, coração singelo
Atrapalhado e belo
Riso aberto do peito
Coragem não lhe falta
Onírico peralta
Atrevido, transtornado
Navegante que se corrói
Tolerado, não amado
Ontem, ainda dói
Na busca constante
Independente, surge ofegante
Onde não é visto, cortante
Primeiro foi e sempre será
Imensa espera, angustiante
Não uma segunda vez haverá
Homem veio, inebriante
Enrustir-se pelas sombras
Ir-se caminhando, pelas quebradas
Rolar-se nas tantas cãibras
Onde comer pelas beiradas
Deixou, moleque, saudade benfazeja
Antes mesmo da boa cerveja
Suave olhar, tão assustado
Idílico, poético, passional
Lutador da causa social
Velejador ainda que desgostado
Enfrenta a vida com brandura
Imita a arte como artesão
Roído pela queimadura
Atraído pela perigosa paixão.