É dezembro de 2022. Dois velhos amigos reencontram-se, atualizam os últimos acontecimentos e falam do futuro do país, com o novo governo Lula e a herança deixada pelo atual, Bolsonaro:
- Você notou que ele não agradeceu os milhões de votos que recebeu? Ficou emburrado.
- Vi. Parece criança. E já foi viajar para Miami; no último mês nem trabalhou direito.
- Faz anos que só elegemos problemas. Como nós! Nós somos o problema do país.
- A equipe do Lula está fazendo todo tipo de aliança para poder governar.
- Até porque Lula não governará nada, nem em sua casa. Janja já manda em tudo, com Gleise.
- E Alexandre. Esse é poderoso. Depois das festas sai a ordem de prisão do Bolsonaro.
- Também acho, e esse não contará com Gilmar Mendes para soltá-lo. Ao contrário...
- Bolsonaro entrará para a história, como o pior presidente do país, não acha?
- Pega segundo lugar. O posto de pior continua com o Collor.
- Será que o Lula vai mesmo implantar o comunismo no Brasil? Será que o PT consegue?
- Não! Comunismo exige disciplina e organização e nenhuma está disponível por aqui.
- Você acha que o Brasil ainda tem jeito?
- Claro! O Brasil é maravilhoso, mas tem que trocar o povo. O povo acaba com tudo.
- Mas nós fazemos parte do povo, não?
- Sim, e na nossa idade já estamos na fila para sermos substituídos.
- Então, você concorda com o ditado “cada povo tem o governo que merece”?
- Cada povo merece o governo que elege. Nós só elegemos desastres cósmicos.
- Quem você acha que vai antes, Pelé ou o Bento XVI?
- Por mim, podem ir juntos, de mãos dadas; dou um pelo outro e não quero troco.
- Li que o Bento XVI foi dos que mais acobertou escândalos sexuais na Igreja. Será?
- Pois é. E Pelé assistiu à morte da filha sem reconhecê-la, nem a visitar. Que vergonha alheia!
- Você acha que Lula pode sofrer algum atentado?
- Difícil. Um atentado inteligente exige planejamento, organização e disciplina.
- É verdade. Há pouco disso. Ou então fica um atentado meia-boca, como o do Bolsonaro.
- Bolsonaro poderia ter feito um governo grandioso, mesmo com pandemia e guerra.
- Sim, mas caiu na asneira de falar contra a vacina, como se ele soubesse algo sobre isso.
- Também fez pouco caso dos desmatamentos. Chamou a mulher do Macron de feia.
- A conversa dele é de dono de boteco de periferia. E o mantra que ele repetia o tempo todo?
- Sim, o “sou imorrível, imbroxável e incomível”. Pense no nível desse presidente...
- Lembro-me da Dilma; pelo menos, ela fazia a gente rir com as trapalhadas que soltava...
- Seria Bolsonaro uma versão masculina de Dilma? Ao menos, nas bobagens?
- Lembra-se do “menina veste rosa e menino veste azul”? Era ministra e hoje é senadora.
- Mas não estamos sozinhos: os americanos têm o Joe Biden que está à altura dos nossos.
- Gostei de o Messi ter ganhado a Copa. Sou fã dele como jogador e como homem.
- Eu também! E o nosso Neymar, hein? No primeiro jogo do PSG recebe dois amarelos.
- Em com menos de dois minutos de intervalo. Foi expulso por simulação. Que vergonha!
- Pior papel foi o do Tite que não levou o Gabigol e não pôs Neymar no primeiro pênalti.
- Pelo nível sofrível de jogo da Seleção, ela até que foi longe.
- Você acha que o Haddad vai dar certo nas finanças? Ele não é da área, não?
- Não. Ele mesmo declarou ser um zero em Economia.
- Pois é. E Deus já mostrou que é argentino.
- Feliz Ano Novo para nós!